Como tudo começou - Parte 1

    No início de 2012 me inscrevi no programa Ciência sem Fronteiras para tentar uma bolsa de graduação sanduíche para Portugal. Fui indeferida, mas não desisti. Em Novembro do mesmo ano, um novo edital foi lançado, e lá fui eu de novo tentar uma chance. Na época eu estava noiva, mesmo assim, meu sonho de estudar fora me levou a fazer a inscrição com aquele pensamento de "ah, vai que dá né?"

    Passaram-se quase 3 meses da inscrição (já estava solteira =P), entrei no grupo do face do pessoal que também estava inscrito (essa é a primeira dica, ajuda bastante) e no dia 08/02 chegou o e-mail avisando que fui homologada pela minha universidade (não é nada demais, mas cada etapa é uma emoção).  

"Prezado(a) Candidato(a),

A sua candidatura Nº XXXX foi homologada pelo Coordenador Geral do Ciências sem Fronteiras - Graduação Sanduíche.
Pedimos que aguarde instruções a respeito das próximas etapas do processo de seleção. 

    Agora era só esperar pelo dia 17 de Abril, data em que sairia o resultado oficial. SQN. Eis que no dia 13/03 após o maior barulho nos grupos do face, recebo o seguinte email:

Prezado Candidato,

 Seu nome consta entre os estudantes que obtiveram pontuação acima de 600 pontos no ENEM e que, portanto, demonstraram possuir desempenho acadêmico compatível com o perfil exigido pelo programa Ciência sem Fronteiras.

Tendo em vista o grande número de candidaturas para Portugal e a impossibilidade de sua alocação naquele país pelo limitado número de vagas disponíveis, a CAPES viabilizará a transferência de sua candidatura para universidades dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Irlanda, Itália, França ou Alemanha.

Aos estudantes que aceitarem manter suas candidaturas para um desses países será oferecido curso de aperfeiçoamento de língua estrangeira, com bolsa de estudo adicional de até 6 meses para aprendizagem do idioma do país de destino.  Nos casos de países de língua inglesa, será disponibilizada também senha pessoal de acesso ao curso de inglês online, disponível no Portal de Periódicos da CAPES com o objetivo de auxiliar no aprendizado do idioma estrangeiro antes da saída do Brasil, que está prevista para  o mês de  julho do corrente ano.

Deram 2 dias pra eu tomar minha decisão.

Foi tipo:

E AGORAAAA??????

Comecei a pesquisar feito uma louca todas as opções, e cheguei em 3: Irlanda, Reino Unido e EUA. Excluí os EUA porque realmente queria Europa... Olhando então para as universidades escolhi o Reino Unido. E foi aí que o drama começou de verdade. Mais de 2000 pessoas re-optaram pela terra da rainha, e começava o sonho de estudar agora 6 meses de inglês e mais 1 ano de faculdade por lá! 

Pro pessoal que não acompanhou todo o processo, sei que devem estar se perguntando: como é que ela foi parar na Austrália???? 

Mas continuo no próximo post.. Porque a jornada foi realmente longa...